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A ANGÚSTIA DAS BALZAQUIANAS...

A ANGÚSTIA DAS BALZAQUIANAS...



   

-----Original Message-----

From: ANGÚSTIAS BALZAQUIANAS

To: contato@caiofabio.com

Sent: terça-feira, 22 de julho de 2003

Subject: Balzaquianas!



Pastor Caio,

 

 

Acesso seu site todos os dias, é uma benção!

Divulgo o www.caiofabio.com sempre que posso; afinal, tem me edificado muito.

Eu “babo” com suas respostas.

Deus tem abençoado muita gente através de sua vida.

Sei que você é verdadeiro e responde com a alma, com empatia. Infelizmente, nas igrejas, encontramos pastores que pensam diferente de você, estão preocupados com a quantidade de membros, com as ofertas, com a construção do templo, enfim, com muita coisa mais importante que gente.

Congrego em uma igreja que não se preocupa com a vida emocional e sentimental das pessoas.

A igreja prega que não devemos viver uma relação de jugo desigual, mas, por outro lado, não tem feito nada, não tem mostrado outros caminhos.

Meu pastor, não ministra algo que me motive a permanecer firme e esperançosa.

Gostei muito do seu parecer quanto à carta "Sexo na igreja: os jovens estão com a coceira!"

Se para o adolescente está difícil, imagine, Pastor Caio, para mim: bonita, independente financeiramente, solteira e que já ultrapassou os trinta anos...

Além da solidão, nós balzaquianas, somos marginalizadas na própria igreja, pois muitos nos olham como encalhadas.

Está difícil, Caio!

Passei anos achando que tinha uma pessoa predestinada para mim, e que deveria ser crente.

Hoje, acho que o mais importante no outro é o caráter, e não fato de ele ser “crente”.

Na igreja, os homens não têm olhos para as balzaquianas...

E conseqüentemente, os templos estão cheios de mulheres sozinhas, depressivas, desanimadas... carentes de uma palavra que possa gerar mudança.

Mas os líderes não estão nem aí; afinal, já estão casados.

Caio, o que fazer?

Help me!

Deus te abençoe com saúde e sabedoria.

Ana Lúcia

 

___________________________________

Resposta:



Querida Ana Lúcia:

 


Balzac-qui-Anas?

Que Balzac-que-nada!

A vida ainda vai começar aos quarenta!

Você deve estar aberta para encontra alguém legal, do bem!

Do bem
, entendeu?

Jugo desigual com os incrédulos acontece o tempo todo também entre evangélicos.

É claro que você não vai nunca crer que encontrará “comunhão” com alguém que serve à mesa dos demônios!
Uma cristã não conseguiria nem pensar em tocar num bruxo, ou num ser masculino que fosse mesquinho. Mesquinhez é o diabo, Ana Lúcia!

Nem o sexo seria bom com tal pessoa.

Sexo passa energia espiritual. Esse é também o problema: a promiscuidade imiscui em nós as energias dos demais. Daí haver dissolvência no ser do promíscuo.

E o sexo casual rouba o foco da alma para a possibilidade de um amor focado!

Encontro humano-conjugal implica em algumas coisas essenciais:

1. Atração física: sem ela, só no tempo da delicadeza; e olhe lá...

2. Atração psicológica: que implica em admiração e confiança. Tem que haver charme e respeito. Sem esse “poder” não vai!

3. Atração e afinidade espiritual: nesse caso, se “ele” for um cristão, será infinitamente melhor, se for gente boa de Deus.

Mas se for apenas evangélico, tome cuidado. Doença de evangélico que se casa apenas por causa de falta de opção e por causa apenas “do tal do jugo desigual”, promove o mais desigual de todos os jugos: o jugo de se viver com quem não se ama, apenas porque o irmão-zinho é bom-zinho. Aí, é melhor ficar só-zinho!

4. Atração pelos objetivos mútuos e complementares: dois jamais andarão juntos se não houver acordo: “acordo” é um coração.

5. Atração intelectual: enquanto os potros estão jovens, vale tudo, mas o sexo cobre multidão de deficiências.

Mas quando se chega à maturidade—especialmente quando os dois, ou um deles, trabalha fora—, então, se não houver aquele molho de encontro mental, um dos cônjuges pode entrar nos processos de comparação, e dizer para si mesmo: o que eu estou fazendo aqui, com tanta gente bela e inteligente dando mole, para depois chegar em casa e não poder nem trocar três palavras com ele (a)?

Aí, nesses tempos, a afinidade mental será essencial.

Portanto, não ande buscando...

Nesse caso, quem busca, sempre encontra bagulho.

E quando passa o cara legal, você tá alugada para o “Seu Mala-feia”.

Então, fique aberta, mas não disponível.

Também não se submeta à tirania imposta sobre as Balzaquianas.

A “igreja” adora encher a paciência das balzaquianas.

Daí as balzaquianas que casaram em razão da “opressão eclesiástica” freqüentemente pensarem: "Meu Deus, eu era feliz em minha solteirice e nem sabia!"...

E não procure chats de taradinhos evangélicos.

Gente adoecida só adoece os outros ainda mais.

Aliás, se não for por acaso, não “cace” na net, jamais! Quem faz isso acaba caindo numa net, numa rede!

Um abração, e que o Senhor proteja o seu coração.


 

 

 

Nele,


 

Caio

 

22 de julho de 2003

 

Copacabana

 

RJ


 

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