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A FLECHA DO MEU “DEUS CUPIDO” FALHOU!

A FLECHA DO MEU “DEUS CUPIDO” FALHOU!

 

 

 

 

 

----- Original Message -----

From: A FLECHA DO MEU “DEUS CUPIDO” FALHOU!

To: contato@caiofabio.com

Sent: Monday, February 18, 2008 15:50

Subject: Ajuda do Pr. Caio Fábio

 

Graça e Paz!
 

Pastor,


 
Casei-me no civil e religioso em 80, mas devido ao consumo de droga por parte do meu marido, que detonou comigo e minha família também, divorciei 10 anos mais tarde.        .

 

Casei-me novamente em 93 - só no civil -; divorciei em 2003, devido aos vários "chifres" que ganhei, inclusive com uma amiga íntima que tinha.


Depois de muito sofrer, com a Graça de DEUS aceitei JESUS como meu único SENHOR E SALVADOR, em 2006. Antes era católica da Renovação Carismática.
               

Fiquei sem ter qualquer tipo de contato com o sexo masculino, e falei pra DEUS que enquanto ele não me enviasse alguém que fosse do querer dele, alguém que fosse envelhecer a meu lado, alguém que me fizesse feliz, eu não teria contato com ninguém.

 

Então me aparece meu “primeiro ex” - minha primeira aliança com DEUS - e pedi ao pastor da minha igreja que orasse pra ver se essa era a vontade do meu SENHOR.
                

Antes de reatarmos o meu ex disse que esperou por mim quase 20 anos, que nunca tinha deixado de me amar e que estava preparado para mim. (eu acreditei).
                

Reatamos no final 2006.
 

Viajamos para a praia em logo no início de 2007. Quando retornamos ele foi morar na minha casa (tenho uma filha da união com ele, e outra filha da outra relação).


Pastor, eu sou uma mulher de uma fé tremenda, sou corajosa, batalhadora, ousada, valente, alegre, otimista, amo JESUS mais que tudo nessa vida, sou bastante atenta, fico vigiando 24 horas para não pecar contra meu DEUS, razão pela qual estou te escrevendo.


NÃO ESTOU FELIZ, NÃO SOU FELIZ AO LADO DO MEU MARIDO!!!!!!! Estou imensamente triste, muito triste!!!!!!!!!
 
Tenho deixado a situação se arrastar por temer a DEUS, por pena do meu marido, mas não o amo, não estou feliz ao lado dele. Tudo nele me irrita, o jeito que ele arrasta o chinelo pela casa, o jeito que ele tosse, a fala dele, o quanto ele ronca me incomoda, não faço amor com ele, é uma ou quando muita duas vezes por mês, tenho nojo dele.

Na minha casa não vai nem mosquito, ele não deixa. Ele não gosta de ninguém, não gosta de ir a um clube, não gosta de gente, não gosta de relacionar com ninguém, não sai comigo, não gosta de nada, nada, nada. Me critica todo tempo, me chama de autoritária, ele me sufoca que as vezes chego a pensar o que não precisa. Ele não aceita meus amigos de profissão, meus amigos sem ser de profissão, não aceita meu sorriso, minha alegria, critica tudo, tudo, tudo.
        

Eu te pergunto: é isso que DEUS quer pra minha vida?????????????
 
Sou obrigada por algum motivo espiritual a aceitar e continuar vivendo com este homem???????????

Me ajude!!!
_____________________________________

 

                

Resposta:

 

Minha amiga querida: Graça e Paz!

 

 

Tentarei ser simples e claro em tudo o que direi, e, antes de tudo, recomendo que você leia meu site [www.caiofabio.com]; pois, creio que você amadureceria muito na vida se pudesse se servir dos ensinos que aqui estão expostos.

 

Veja bem. Você disse a Deus que só teria outro homem se fosse alguém enviado por Ele. Assumindo para si mesma o que o que você disse a Deus era um compromisso de Deus com você, reaparece o seu “ex-primeiro-marido”, e propõe-lhe reatamento. Então, você logo relaciona tudo ao ensino religioso evangélico acerca da “renovação da primeira aliança” — uma espécie de renovação de seu “velho testamento conjugal”. A seguir você pede ao pastor de sua igreja para ungir as alianças em nome de Deus e parte para a lua-de-mel. E, assim, levou-o para sua casa e hoje pergunta: “É isso que DEUS quer pra minha vida? Sou obrigada por algum motivo espiritual a aceitar e continuar vivendo com este homem?”

 

Ou seja: tudo é transferência de responsabilidade; pois na existência do religioso muitas vezes as responsabilidades pelas decisões da vida são transferidas para Deus.

 

Quando dá certo o homem [mulher] diz: “Oba! Essa afinal é carne da minha carne!...” Quando, porém, não dá certo, na mesma hora o homem [mulher] diz: “Foi a mulher que tu me deste!...”

 

Ora, veja a sua seqüência:

 

 

“Deus! Ficarei só até que venha o homem que tu mandes!”

 

“Deus! Meu ex voltou. Creio que me ama porque assim me diz.”

 

“Pastor! Meu ex voltou e me quer. Unja as nossas alianças em nome de Deus!”

 

Então vai...

 

E hoje, então, prossegue:

 

“É isso que DEUS quer pra minha vida????????????? Sou obrigada por algum motivo espiritual a aceitar e continuar vivendo com este homem???????????”

 

Ora, é melhor tirar Deus dessa história e apenas dizer:

 

“Eu estava só há muito tempo. Estava carente de um marido. Meu ex voltou. Minha vontade evangélica de refazer tudo como um dia deveria ter sido me tomou. Achei que como ele veio do nada poderia ser o homem de Deus, e agi por impulso, e cri que uma oração do ungido do Senhor seria a garantia de uma renovação da aliança da mocidade, mas vejo que estava errada, pois não amo o meu ex, ao contrário, tudo nele me gera repulsa e angustia. Por isso, vou parar de sofrer o que eu mesma botei para dentro de minha vida, e, antes que os males aumentem, me separarei dele e buscarei viver a vida em serenidade e paz!”

 

Esta é a primeira coisa: assumir a responsabilidade pelos nossos atos e não ficar fazendo transferência das conseqüências de nossas escolhas para Deus!

 

A segunda coisa a fazer é ler I Coríntios 7 e ver que Paulo diz que um casamento que não gera paz, é jugo de escravidão do qual, em se podendo ficar livre, deve-se fazê-lo. Ou seja, como diz Paulo, é preciso “aproveitar a oportunidade”. Afinal, ele mesmo diz acerca do casamento em jugo desigual para a pessoa, que o chamado de Deus na conjugalidade é para a vida de paz e não de opressão. “Deus vos tem chamado à paz!”

 

Assim, pare de transferir as responsabilidades das suas “informações aos céus” — como se Deus-informado fosse Deus-obrigado —, e busque viver em paz conforme você sabe que sua vida era e pode voltar a ser.

 

Sim! Faça isto antes que o “problema” envelheça ao seu lado e venha a gerar em você mais pena e culpa pela decisão de separação que hoje já existe em você.

 

Casamento não é missão e nem assistência de enfermagem. Se ele um dia precisar de sua ajuda, ajude-o; mas não precisa ser esposa dele para ser boa para com ele, que é o pai de uma de suas filhas.

 

Desse modo tudo fica bem mais simples. Porém, transferindo a responsabilidade para Deus entra-se num jogo no qual quem ganha é apenas o diabo.

 

Pense no que lhe disse e tome suas decisões pessoalmente, e apenas se elas forem suas, e se você puder viver com as conseqüências. Afinal, eu também não estou aqui para aceitar qualquer responsabilidade pelas decisões que são suas, e concernentes à sua vida. Pois, caso o fizesse, ajudaria a manter você nesse “estado mágico” de apreciação do mundo real, o que seria muito ruim para você, visto que atrasaria para sempre o seu processo de evolução da consciência em fé.

 

No entanto, leia o meu site e você entenderá mais coisas sobre o que já lhe disse acima.  

 

Receba meu carinho e minhas orações pela sua coragem de tomar decisões suas fundadas sempre na verdade do coração, e não nas fantasias da religião.

 

 

 

Nele, que nos chama à verdade,

 

 

 

Caio

 

19/02/08

Lago Norte

Brasília

DF

 

 

  
 
   

 

 

 

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