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The Mind of Paul

COMPREENDENDO A PRÓPRIA INCOMPREENSÃO!

COMPREENDENDO A PRÓPRIA INCOMPREENSÃO!

 

COMPREENDENDO A PRÓPRIA INCOMPREENSÃO!

 

 

 

Pois não compreendo meu próprio modo de agir” — disse Paulo, enquanto também anunciava que se apanhava vendo que “o querer o bem estava nele, não, porém, o realizá-lo”.

Ora, no passado de Paulo houve coisas grotescas, pois, ele mesmo nos diz que fez o trabalho do DOPS de Jerusalém, na ditadura do Sinedrio, levando discípulos de Jesus não apenas presos, mas, conforme o próprio Paulo nos diz, “obrigando-os a blasfemarem” o bom Nome que invocavam.

Entretanto, agora, anos depois, e após andar com Jesus e nas sendas do Evangelho havia tanto tempo, soa-nos estranho que Paulo diga que não compreendia seu próprio modo de agir e que o desejo do bem estava nele, mas não o poder de realizar todo o bem que divisava.

A que Paulo se referia?...

Andava ele “em pecado”?...

Consentia ele com caprichos?...

Entregava-se ele às mesquinharias do desejo?

Na realidade Paulo era ética e moralmente irrepreensível...

No entanto, não era disso que ele falava...

Do que falaria então?...

Penso que ele se referia a um mundo de subjetividades que o incomodavam todos os dias...

Como o quê?...

Ora, coisas como os sentimentos estranhos que vinham sobre ele...; coisas como irritação, ira, zanga, mal-humor, cansaço na hora errada, impaciência, e esse tipo de lutas..., as quais, nada são para fora... [pois, pode-se aprender a disfarçar tais coisas], especialmente quando a pessoa não deixa o sol se pôr sobre sua ira, zanga, chateação, mal-humor, etc... — mas que, apesar disso, provam para a pessoa sincera o quão longe do ideal de Jesus ela está ainda...

Quanto mais se anda com Deus mais se vê que se anda quase nada segundo Deus!

Assim, Paulo não era um homem da moral, mas do espírito e do sentido intimo das coisas, o que o levava a ver o quão Saulo ele ainda era em muitas coisas, embora tudo estivesse sob controle...

Já disse antes que não sei qual era o espinho na carne de Paulo, mas sei que um homem que havia sido Saulo não necessitava de outro espinho além de si mesmo...

Desse modo, agora falando de mim, o meu maior espinho na carne sou eu mesmo, e não algo que eu faça...

Como também já tenho dito e repetido, para cada virtude divina que vejo brotar em mim, percebo o seu correspondente negativo também presente em mim...

Minha tarefa, no entanto, assim como a de Paulo, é compreender meu modo de agir, a fim de que na busca de virtudes eu não alimente minhas desvirtudes...

O coração é enganoso...

O meu é mais do que o seu...; pois, entre os pecadores eu sou o principal...

Todavia, é por ser o principal dos pecadores que creio que posso ser superabundante em tudo o que concerne ao Evangelho e à vida segundo Deus...

“Onde abundou o pecado [ou a sua consciência], aí superabundou a Graça!”

Assim, digo:

Graças a Deus pelo dom inefável”...

Afinal, em mim não habita bem algum..., embora, agora, não por mim, mas em razão do amor de Deus, o saber isso não me empurre para baixo, mas para cima...

Sim, é desse modo, pois, Nele, eu já sou perfeito para poder me aperfeiçoar na vida.

Leia os links que seguem abaixo e você me entenderá melhor...

 

Nele, em Quem Paulo gemia as dores da mutação contínua,

 

Caio

22 de agosto de 2009

Lago Norte

Brasília

DF

Leia os seguintes links:

ESPINHO NA CARNE E CARNE NO ESPINHO

O HOMEM CAMINHOFÓBICO

O SURTO DE SIGNIFICADO DE PAULO

SANTIFICAÇÃO: CONSTANTE QUEBRA DE PARADIGMAS!

NAVALHAS DA GLÓRIA

PAULO: PERFEITAMENTE IMPERFEITO, IMPERFEITAMENTE PERFEITO

PAULO E O PARADOXO

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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