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Devotional

REMOVENDO O VÉU DA INFELICIDADE!

REMOVENDO O VÉU DA INFELICIDADE!

   

DESCULPEM A CARETICE: mas falo da verdadeira felicidade!

 

O que é ser feliz em um mundo como este?

Ser feliz é ser como Jesus e ver e sentir a vida como Ele!

Entretanto, quase ninguém acredita nisso.

Todos querem que Jesus os torne felizes.

Ora, é justamente para a Felicidade que Jesus chama todos os homens.

No entanto, a maioria de nós não percebe que Jesus nos chama para a Felicidade justamente quando nos convida a segui-Lo, ou seja: para andarmos em Seus passos, como Pedro e Paulo afirmaram posteriormente.

Ora, se é para andarmos em Seus passos, também é para entendermos e provarmos felicidade conforme Jesus.

Aliás, Ele mesmo afirmou como base de Seu ensino que Seu convite é para a Felicidade; para a Bem-aventura; para a Boa Ventura.

Para Ele, toda-via — felizmente para quem crê e infelizmente para quem não crê —, felicidade verdadeira só acontece sob a injustiça, o choro, a percepção do contraditório, a necessidade de provar a humildade como atitude consciente em razão da arrogância imposta pela maioria; e, sobretudo, como disposição de sofrer pela verdade, pela justiça, pelo amor, e, se for o caso e o contexto, sofrer também por causa de que assim se viva em razão de sermos discípulos de Jesus.

Tem gente que pensa que “a felicidade de Jesus” era estar assentado em um bar de pecadores da Galiléia, e, entre eles, ser ou o contador de histórias divertidas, regadas a muita cevita, a cerveja do 1º século, ou, entre eles, ser aquele que ouvia a tudo de modo educado e politicamente correto.

Por outro lado, tem gente que pensa que a felicidade de Jesus era ficar pulando como um desses milagreiros modernos, que se regozija de si mesmo quando algo considerado pelo povo como extraordinário vem a acontecer.

Entretanto, Jesus nunca se assentou na roda dos escarnecedores. Como diz o Evangelho, Jesus tomou lugar à mesa com publicanos e pecadores; fazendo, assim, pela Sua Presença e em razão do interesse deles, de qualquer mesa, a Sua Mesa.

Jesus teria se assentado na mesa dos escarnecedores se comesse na mesa do Sumo-Sacerdote, das autoridades do Templo, ou de todos os que explorassem o povo ou manipulassem as pessoas, especialmente em nome de Deus, e, em segundo lugar, da desfaçatez política, tipificada nos evangelhos na figura dos Herodes.

Para Jesus os infelizes eram aqueles que riam quando muitos sofriam; eram os que gargalhavam enquanto muitos gemiam à volta; eram os que se davam bem à custa do povo; eram os que achavam “elevado” comer na mesa do governador ou da autoridade; eram os que se regozijavam no exercício do poder; eram os que orgasticamente deleitavam-se em serem relacionados com todos; eram os que amavam ser elogiados pelos “importantes” da coletividade; eram os que viviam à busca de prazer pelo prazer; eram os davam razão ao sentido de autopreservação do sacerdote e do levita na história do Samaritano; eram os que viviam conforme um preço; eram os que confiavam nas riquezas e nos bens; eram os avarentos; eram os hipócritas; eram os que cultivam vaidades; eram os orgulhosos de si mesmos; eram os que amavam mais os seus próprios sonhos do que desejavam preservar suas próprias almas do mal; eram os espertalhões; eram os que pelo poder seriam capazes de matar, exilar ou aniquilar profetas ou quem atrapalhasse interesses; eram os que trocavam a verdade pela injustiça; eram aqueles que viviam para os desejos do ventre e cuja existência se contentava em ir do prato à boca, mesmo sabendo que nem só de pão vive o homem, mas de toda a Palavra que sai da boca de Deus.      

Para Jesus quem quer que viva para o prazer, o poder, o orgulho e a fantasia da felicidade como um bem divino na forma de matéria, de sentimento agradável, de conforto, ou de qualquer que seja a vaidade de ser, é profundamente infeliz; assim como é igualmente infeliz todo aquele que exista com o olhar comparativo; ou seja: invejoso ou com inveja.

Ou seja: para Jesus aquilo que nós mesmos reprovamos como “conceito” ou como prática “nos outros”, mas que praticamos do modo mais disfarçado possível sob o pretexto de que “é assim que o mundo funciona”, e que, por isto, dizemos ser necessário ser feito e sonhado por nós, em normalidade com afirmação “mundana” de nosso significado nesta existência — é justamente aquilo que nos infelicita de morte; de morte até à morte.

Este é o suicídio humano pela busca da Felicidade como Engano do Inferno!

Entretanto, é em busca de tal felicidade que a grande maioria existe; e até mesmo aquele que a reprova como conceito existencial, nem se apercebe que é assim mesmo que vive; perseguindo ilusões ou vaidades...

Ora, foi por isto que Jesus disse aos Seus discípulos [em João 14-16] que Ele estava para manifestar-se a eles e não ao mundo, o que provocou perplexidade em Judas, não o Iscariotes, conforme nos esclarece João.

Sim! Pois, se o convite de Jesus é para a Felicidade, para a Bem-aventurança, para a vida abundante; e se disse que tudo quanto fosse vida Nele implicava em que a pessoa O seguisse como discípulo no coração e na prática simples da vida — então, o que Ele também dizia era que o mundo não O amaria jamais; não enquanto o mundo fosse como mundo é: jazendo no maligno; seguindo o projeto existencial do príncipe deste mundo: Satanás.

Entretanto, a maioria dos “discípulos” de Jesus anda exatamente seguindo o diabo. Não nas declarações verbais, mas nos sentimentos, nas emoções, nos deslumbres, nas ambições, nos desejos, nos sonhos, nos caprichos, nos ideais, nas aspirações existenciais, no gosto pela vereda larga do ressentimento e da antipatia ou mesmo da desconfiança crônica; e mais: nas fantasias de importâncias humanas e de importâncias até para “Deus”.  

Sim! Não vêem que para Jesus, Felicidade era sempre espiritual; por isto, os felizes de Jesus são os makarius: os felizes espiritualmente, conforme a língua original nos faz ver.

Sim! Os felizes de Jesus são. Ele não diz que eles têm. O que eles têm é apenas o que eles são. Pois assim é diante de Deus.

Os felizes de Jesus andam com espírito de quem deseja sempre aprender; e aprender o bem e de quem vive da bondade e para a bondade, pois, esses é que são os humildes, os ensináveis, e os que mais contribuem com as riquezas do céu pela prática de suas vidas simples e temperadas com sal.

Para Ele os seres que se controlam ante o contraditório, e que se auto-apaziguam na verdade eterna, são os mansos que herdarão a terra.

Para Ele os que não temem chorar pelo outro de modo amigo, sincero, solidário, ou até distante fisicamente, porém, de modo condoído e intercessor, são os que aqui neste mundo mais são consolados, pois, paradoxalmente, experimentam grande felicidade.

Para Ele, os que andam sem malícia, porém apenas mediante a sabedoria simples do amor e da verdade, são os que vêem Deus já aqui, nesta vida; posto que assim seja o olhar de Deus; visto que assim foi o olhar de Jesus.

Para Ele, os que buscam o melhor para os outros antes de para si mesmos são os que têm fome e sede de justiça, e não os que demandam que outros façam justiça; posto que somente possa interceder pela justiça em favor de outros, aquele que pratique a justiça que esteja diante e ao alcance de suas mãos e possibilidades. Acerca destes, Jesus disse que eles serão fartos já aqui neste mundo; não por verem o mundo se tornar justo, mas por terem feito justiça como quem bebe água gelada onde quer que tenham podido ou chegado...; e, na era por vir, eles verão o novo mundo se tornar aquilo que aqui sonharam e fizeram acontecer em tudo o que puseram as mãos. 

Para Ele, os que vivem de misericórdia e para a misericórdia são os grandes fazedores de felicidade da terra; e, por isto, são felizes do tamanho da misericórdia que servem aos outros, por terem recebido muito mais de Deus; e por verem-nas renovadas todas as manhãs em suas vidas, mesmo quando dói. 

Para Ele, os felizes são os que não desviam a sua rota de amor em razão de perseguições; e que também não se tornem inimigos de seus perseguidores; antes, são pessoas que amam os inimigos e oram pelos que os persigam; tornando-se assim semelhantes a Deus, o Pai, que ama a justos e a injustos.

Para Ele, feliz é ficar tão parecido com Jesus nos modos, nos atos, nos sentimentos, nas interpretações, na verdade, nas alegrias sinceras, ainda que seja enquanto se chore..., que o mundo identifique Jesus em nós; e, assim, ou a Ele se una, ou nos rejeite como quem rejeita não a nós, mas a Ele em nós; apenas por sermos Dele e cada vez mais a Ele semelhantes.

Para Ele, a Sua grande Felicidade, acontece sempre que alguém nos vê e diz: "Ele está ali".

Para Ele, ser feliz é dar bom gosto à vida, como o sal; é iluminar a escuridade fabricada pelo ódio e pela insensibilidade com o olhar e existência conforme o olhar da verdade e do amor.

Para Ele, ser feliz é não julgar ninguém, e, muito mais que isto, jamais sentenciar ninguém em nome de Deus!

Para Ele, ser feliz é não ter a carência que faça a pessoa jogar pérolas aos porcos; ou seja: ser feliz é não se deixar seduzir e encantar por quem apenas quer se aproveitar de nós.

Para Ele, ser feliz é ser discreto diante de Deus e dos homens; seja ajudando ao próximo; seja jejuando; seja orando; seja fazendo o que quer que seja; exatamente como Ele, que não quis aparecer, que se ocultava da curiosidade desnecessária, que não dava qualquer valor à adulação, que não se impressionava com nada que impressionasse a vaidade humana, que mandava que não dissessem a ninguém nada do que Ele fazia, e que nunca pediu que O defendessem de coisa alguma.

Para Ele, ser feliz era escolher o caminho desprezado, a rota do amor, a vereda da compaixão, a trilha da justiça, da verdade e da esperança.

Enfim, para Ele, ser feliz era erguer a vida sobre a Sua Palavra, sobre as bases e os fundamentos de Seus ensinos, não doutrinas; e, sobretudo, praticar cada uma de Suas palavras/ensino como quem respira; ou, pelo menos, tendo a consciência de que sem Suas palavras como pão da vida, ninguém subsiste neste mundo.

Desse modo, Ele diz:

O Feliz é quem faz como eu mando!

Ou, em Suas palavras:

“Se sabeis essas coisas, felizes sereis se as praticardes!”

O mais não é felicidade; é miragem e engano de felicidade patrocinados pela mesma Serpente que vendeu o 1º Pacote de Felicidade aos humanos.

Felizes os que crerem que estas não são palavras minhas!

 

Nele, que nos chama para O seguirmos no Caminho de Sua Felicidade,

 

Caio

13 de abril de 2009

Copacabana

RJ

 

 

 

 

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