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SARAMARGO DERRAMA SUA SARAAMARGURA EM ATEÍSMO TOLO E INFANTIL...

SARAMARGO DERRAMA SUA SARAAMARGURA EM ATEÍSMO TOLO E INFANTIL...

 

----- Original Message -----

From: SARAMARGO DERRAMA SUA SARAAMARGURA EM ATEÍSMO TOLO E INFANTIL...

To: contato@caiofabio.com

Sent: Saturday, August 29, 2009 9:44 AM

Subject: Saramago culpa Deus pelo pecado de Caim em sua nova obra

 

Meu querido e amado mano: Graça, Luz e Paz!

Hoje recebi esse texto abaixo do Saramago, escritor que admiro por sua capacidade e talento, e me lembrei desta carta,
LENDO A BÍBLIA COM OS OLHOS DA GRAÇA, que você respondeu e que quando li me trouxe muita alegria. Porém gostaria de aproveitar o ensejo para dialogar com o amado irmão sobre esse tema.
Querido Caio, aprendi com você que Deus (Teo) não cabe em nossas lógicas (logia) e tentar fazer isso é tentar usar o conhecimento da "árvore" para ser como Deus. Também creio que por Deus ser amor e onisciente Ele sempre fez o melhor para nos conduzir à Sua presença. Tanto que o Cordeiro foi imolado antes da fundação do mundo. Ou seja, Deus se deu por Caim (e por nós) antes mesmo dele ser Caim e ter feito o que fez com o irmão. Acho até que poderia parar aqui, mas quero continuar...
Pois bem, tenho ao menos uns 3 amigos que amo e pensam da mesma forma que o Saramago pensa e realmente gostaria de lhes dar uma resposta sábia e sensata, e sempre acho suas respostas sensatas e sábias, sobre essa questão. Por isso te pergunto, lendo esse artigo do Saramago o que você diria a ele caso ele quisesse conhecer tua opinião?
Agradeço de coração o amor e atenção do amado irmão! Que o Espírito Santo te ilumine e abençoe toda sua família livrando-os dos males e das tentações.

NELE que se ofereceu pelos Caims da vida antes da fundação do mundo!
Suderland Guimarães
Fortaleza-CE

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Saramago culpa Deus pelo pecado de Caim em sua nova obra

Ateu convicto, o escritor português José Saramago volta a atacar a religião em Caim, seu novo romance, que será publicado em outubro e no qual redime o protagonista do assassinato de Abel e aponta Deus “como o autor intelectual do crime, ao desprezar o sacrifício que Caim Lhe havia oferecido”.

Ele falou à Efe por e-mail que o que pretende dizer com Caim é que “Deus não é de se fiar. Que diabo de Deus é esse que, para enaltecer Abel, despreza Caim?”

Quase 20 anos depois de seu discutido livro O Evangelho Segundo Jesus Cristo, que foi vetado pelo governo português para competir pelo Prêmio Europeu de Literatura, o Nobel português faz uma irreverente, irônica e mordaz leitura por diversas passagens da Bíblia, mas não teme que voltem a crucificá-lo.

“Alguns talvez o façam - afirma Saramago - mas o espetáculo será menos interessante. O Deus dos cristãos não é esse Jeová. E mais, os católicos não lêem o Antigo Testamento. Se os judeus reagirem não me surpreenderei. Já estou habituado.”

No entanto, acrescentou: “Mas é difícil para mim compreender como o povo judeu fez do Antigo Testamento seu livro sagrado. Isso é uma enxurrada de absurdos que um homem só seria incapaz de inventar. Foram necessárias gerações e gerações para produzir esse texto”.

José Saramago não considera esse romance seu particular e definitivo ajuste de contas com Deus, porque “as contas com Deus não são definitivas, mas sim com os homens que O inventaram”, disse. “Deus, o demônio, o bem, o mal, tudo isso está em nossa cabeça, não no céu ou no inferno, que também inventamos. Não nos damos conta de que, tendo inventado Deus, imediatamente nos tornamos Seus escravos”, assinalou o autor.

O escritor nega que o fato de ter chegado perto da morte há um ano, quando foi hospitalizado por conta de uma pneumonia, o tenha feito pensar mais em Deus. “Tenho assumido que Deus não existe, portanto não tive de chamá-Lo em uma situação gravíssima na qual me encontrava. Mas se eu o chamasse, e ele aparecesse, que poderia dizer ou pedir a Ele, que prolongasse minha vida?” Saramago diz ainda que “morreremos quando tivermos que morrer. E diz que quem o salvou foram os médicos, Pilar (sua esposa e tradutora) e o excelente coração que tenho, apesar da idade. O resto é literatura, da pior espécie”, polemizou o velho escritor.

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Resposta:

 

Meu mano amado: Graça e Paz!

As posições “teológicas e interpretativas de Saramago” são apenas interessantes para quem conhece a Palavra ainda menos do que ele, que dela sabe de modo superficial o ensino catequético até da Religião.

A literatura é boa; apenas boa; mas, sinceramente, me cansa o pernóstismo do autor, que, tendo exercitado sua dialética comunista contra o patético catolicismo português e romano, julgou que, por acirrar os ânimos dos religiosos portugueses, isso seria por ter dito algo importante e relevante; quando, o que fez foi apenas mais do mesmo tolinho de sempre, involucrado com o confeito de palavras construídas com esmero, mas nem por isto relevantes ou profundas.

Saramago é um ser-amargo, infelizmente. Sim, um ser amargo, e com forte desejo de adorar a Deus, pois somente os perturbados por Deus dedicam-se tanto tempo a dizer que Deus não existe.

É culto, mas burro de Bíblia e de entendimento...

Para quem conhece a cultura da Bíblia bem mais do que ele, que é apenas um curioso amargo, o que ele escreve com belo português é tolice de conteúdo.

Sinceramente, sei que o Saramago não resistiria a um debate comigo em lugar nenhum desse mundo...

Se o tema da conversa forem as teses de menino comunista ser-amargo, fixado na ambição traumática de fazer mal ao Cristianismo que tanto mal fez a ele...—sinceramente, ele não suportaria a avalanche que sobre ele viria, não em defesa do indefensável Cristianismo, mas apenas mediante a revelação de sua obsessão no tema como angustia existencial e trauma psicológico.

Um dia ele ficará com vergonha de ter escrito outra bobagem confeitada como boa literatura...

Mande para ele o que de fato aconteceu a Caim...

Sim, pois o bichinho não sabe...

Veja, foi retirado do site:

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E DEUS AMOU A CAIM?!

A “Queda” já era um fato. Seus efeitos cresciam no interior e no exterior. Dentro havia solidão, medo, angustia, culpa... Fora havia crescente dificuldade de comunicação instintual, diminuição dos sentidos e percepções, e sinais de desconexão com a natureza e suas criaturas...

O “apesar de tudo” se impôs e a vida continuou...

Chegara a hora da manifestação do maior caminho de adaptação e ajuste que o Universo jamais conhecera: o da sobrevivência do homem dentro do âmbito de sua própria consciência.

Iniciava-se o caminho da consciência... a vereda da sua formação... que aconteceria na contradição, na culpa, no perdão; por justiça e por injustiça; no amor e no ódio...

Era a História...

Então, Adão fez amor com Eva, sua mulher; ela engravidou e teve um filho chamado Caim, acerca de quem ela disse: Alcancei do Senhor um varão!

Tornou a dar à luz a um filho, a quem se deu o nome de Abel.

Abel foi pastor de ovelhas, e Caim foi lavrador da terra.

Houve um tempo em que Caim trouxe do fruto da terra uma oferta ao Senhor. Abel também trouxe dos primogênitos das suas ovelhas, e da sua gordura uma oferta a Deus.

Ora, o Senhor se agradou de Abel e de sua oferta; mas de Caim e de sua oferta não se agradou Deus.

Por esta razão irou-se Caim fortemente, e descaiu-lhe o semblante... e andava amargo.

Então o Senhor perguntou a Caim: Por que te iraste? e por que está descaído o teu semblante? Porventura se procederes bem, não se há de levantar o teu semblante? e se não procederes bem, o pecado jaz à porta, e sobre ti virá o seu desejo; mas a ti cumpre dominá-lo.

Falou Caim com o seu irmão Abel, e lhe disse: Vamos ao campo...

E, estando eles no campo, Caim se levantou contra o seu irmão Abel, e o matou.

Perguntou, pois, o Senhor a Caim: Onde está Abel, teu irmão?

Respondeu ele: Não sei; sou eu o guarda do meu irmão?

E disse Deus: Que fizeste? A voz do sangue de teu irmão está clamando a mim desde a terra. Agora maldito és tu desde a terra, que abriu a sua boca para da tua mão receber o sangue de teu irmão. Quando lavrares a terra, não te dará mais a sua força; fugitivo e vagabundo serás na terra.

Então disse Caim ao Senhor: É maior a minha punição do que a que eu possa suportar. Eis que hoje me lanças da face da terra; também da tua presença ficarei escondido; serei fugitivo e vagabundo na terra; e qualquer que me encontrar matar-me-á.

O Senhor, porém, lhe disse: Portanto quem matar a Caim, sete vezes sobre ele cairá a vingança. E pôs o Senhor um sinal em Caim, para que não o ferisse quem quer que o encontrasse.

Então saiu Caim da presença do Senhor, e habitou na terra de Node, ao oriente do Éden.

Há muito para se dizer sobre a narrativa acima. Mas hoje quero pensar apenas no amor de Deus por Caim.

Há figuras na Bíblia que nos parecem que existiram apenas para carregar maldições.

Caim é a primeira figura humana a tornar-se uma simbolização maligna.

Sem dúvida, no resto da Bíblia, Caim cresce como figura arquetipica da desfraternalização dos humanos.

Caim é o primeiro homem que não consegue lidar com a Graça.

O amor de Deus que afirmava a genuinidade do coração de Abel, não provocou nele nenhum tipo de auto-percepção, mas apenas de projeção irada contra Deus, e objetivamente transferida de modo odioso contra o único que poderia receber seu ódio: o irmão.

Na verdade Caim é o Judas da antiguidade. Ambos são simbolizações históricas daquilo que é mal, mas não significa que o “entendimento” que houve entre Deus e eles os tenha deixado para sempre tão cristalizados em suas próprias almas, quanto cristalizados ficaram nas simbolizações que passaram a encarnar ante os sentidos históricos dos humanos.

O que temos que compreender é que os “filhos da perdição” — como Caim e Judas — existem muito mais como uma manifestação de pedagogia histórica para nós, humanos, do que como uma fixação definitiva dessas figuras em estados eternos de perdição — como se fossem mariposas do inferno, espetadas pela agulha eterna de Deus na mais nojenta parede do inferno...empalhadas em agonias infindas...como no orgasmo amargurado de certos prega-dores...amantes do fogo do inferno.

Entretanto, ...e se esses indivíduos, à semelhança do ladrão salvo na Cruz — sobre quem a Graça se derramou, mas nós jamais creríamos se o Evangelho não tivesse nos dito que ele está com Jesus “no Paraíso” — também tiveram sua “conversa privada” com Deus...tendo-nos sobrado apenas as suas imagens como simbolizações do mal?

Como a história é, sobretudo, um fenômeno de comunicação, e se serve de simbolizações para se fazer ilustrar... pessoas, cidades, nações, e geografias... ficaram marcadas na Bíblia como sendo “malignas”, sendo que as coisas e pessoas...em si...não têm que ter tido o mesmo destino maligno que sua figura histórica passou a dar face.

Um dia nós entenderemos isto com muita clareza, todos nós, e nos envergonharemos de nossas pseudo-certezas, e juízos perenes.

Na realidade o Caim que entrou para a história pelo ato de perversidade cometido contra o seu irmão, Abel, não ficou de todo destituído dos cuidados divinos.

Pois a ele disse Deus: Que fizeste? A voz do sangue de teu irmão está clamando a mim desde a terra. Agora maldito és tu desde a terra, que abriu a sua boca para da tua mão receber o sangue de teu irmão. Quando lavrares a terra, não te dará mais a sua força; fugitivo e vagabundo serás na terra.

Ante a certeza de ser amaldiçoado, Caim entrou no mais profundo de todos os medos e terrores... Ele sabia que sobre ele haveria “um clamor humano” por vingança. Então se declarou amaldiçoado e perdido... Confessou-se um zumbi... Um andarilho prestes a morrer... Dando sempre passos para alguma emboscada... Enquanto andava para o nada.

Então disse Caim ao Senhor: É maior a minha punição do que a que eu possa suportar. Eis que hoje me lanças da face da terra; também da tua presença ficarei escondido; serei fugitivo e vagabundo na terra; e qualquer que me encontrar matar-me-á.

O Senhor, porém, lhe disse, porém alardeando Sua Palavra para todos, pois é assim que Sua voz se faz ouvir: Portanto quem matar a Caim, sete vezes sobre ele cairá a vingança.

E pôs o Senhor um sinal em Caim, para que não o ferisse quem quer que o encontrasse.

Que coisa linda!...

Houve misericórdia e graça até para Caim. Quem o matasse seria sete vezes vingado... E Deus pos uma marca de proteção... Um selo divino... Um aviso para que ninguém se metesse entre Ele e Caim.

Ora, se houve Graça que protegesse a Caim, não haverá muito maior Graça sobre a sua vida, que está sob o Sangue da Aliança, e que descansa na justiça do Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo?

Caim carregou as conseqüências históricas de seus atos, e emprestou seu nome a uma trágica simbolização.

Mas não esqueçamos: isto é o que ficou para nós..., para o nosso ensino..., e para nos fazer ver as conseqüências de todos os atos humanos...

Todavia, ninguém sabe o que houve entre Caim e Aquele que disse que nele ninguém deveria tocar...

Os desfechos de todas as histórias humanas é um segredo divino. E sábio é todo aquele que não ousar dizer o que aconteceu.

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Ora, entre outros textos da mesma natureza e conteúdo, este está também no site.

Portanto, mano, ao livro do Ser-amargo basta este texto...

Ele, porém, não tem interesse na verdade, mas na ficção que ele julgue conveniente à sua tese...

Creio que a pertinência sobre ele escrever acerca de tais temas é tão significativo quanto se eu escrevesse sobre princípios da língua Celta.

Se o Saramago não fosse grande escritor de letras bem armadas, e se não tivesse ganhado o Nobel de Literatura, saiba: ninguém acharia o conteúdo de seus livros de qualquer relevância, pois, sem preconceito, digo: são pobres filosoficamente e infantis nos conteúdos que supostamente busca esclarecer, sendo apenas vestidos com o ornamento da boa literatura + uma boa divulgação da mídia.

Deus, porem, não se ofende com as criancices dele; e o ama; e não lê os livros dele; posto que apenas entenda o trauma desse católico português que não sabe fazer a distinção entre Evangelho e Religião, e suas doutrinas...

Deus apenas lê o coração do Saramago!

Sei que os intelectuais da confraria literária me acharão ridículo, mas, para mim, os ridículos são eles, que, de fato, a maioria das vezes, no interior da casa, nem acham o Saramago “essas coisas”, embora o dogma politicamente correto mande tratar o Saramago como um oráculo.

 

Nele, que ama o Saramago e todos os Seres-amargos,

Caio

29 de agosto de 2009

Copacabana

RJ

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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