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The Mind of Paul

UMA CRONOLOGIA DA FÉ NO CONTEXTO HISTÓRICO

UMA CRONOLOGIA DA FÉ NO CONTEXTO HISTÓRICO

 

 

 

 

 

UMA CRONOLOGIA DA FÉ NO CONTEXTO HISTÓRICO

 

 

O que segue é uma tábua cronológica que relaciona a vida de Jesus e de Paulo aos Imperadores Romanos, aos seus procuradores e ou prepostos na Palestina, inclusive os “Herodes” — com as produções literárias encontradas no Novo Testamento; digo: especialmente as cartas de Paulo, que é meu interesse imediato, embora estejam presentes as possíveis datas e época dos demais textos.

 

Leia com atenção. Meu interesse não é apenas cronológico, pois isto pouco ajudaria a qualquer pessoa, a menos que se façam outras correlações.

   Os imperadores Romanos do período no qual Jesus e Seus apóstolos viveram, foram seres de impensável monstruosidade.

 

Ano

Imperadores romanos

Herodianos e Procuradores romanos

Vidas de Jesus e Paulo

Livros do Novo Testamento

10

Augusto

Herodes o Grande (37-4 a.C.)

Nascimento de Jesus (pelo ano 6 antes da era atual)

 

d.C.

 

 

 

 

1

 

Arquelau (até 6 d.C.) Filipe (até 34) Herodes Antipas

 

 

10

Tibério (1-37)

(até ao ano 39)

 

 

20

 

 

Batismo de Jesus (28)

 

 

 

Pilatos (26-36)

Morte e Ressurreição de Jesus (30)

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Conversão de Paulo

 

 

Calígula

Herodes Agripa (37-44)

(ano 34)

 

 

(37-41)

 

 

 

 

 

 

 

 

40

Cláudio (41-54)

 

1ª Viagem missionária de Paulo (47)

 

 

 

Félix (52-60)

 

 

 

 

 

2ª Viagem missionária

1 e 2 Ts (ano 50)

50

Nero (54-68)

 

3ª Viagem missionária

Gl; 1 e 2 Cor;

 

 

 

 

Fl; Rm (anos 54-58)

60

 

Festo (60-62)

 

Cl; Flm; Fl;

 

 

 

4ª Viagem, para Roma

1 e 2 Tm; Tt (61-67)

 

 

 

(60-61)

 

 

 

Vespasiano

Morte de Paulo (67)

 

 

 

(69-79)

 

 

 

 

 

 

1 Pe; Mc; Mt; Heb;

70

Tito (79-81)

 

 

Lc; Act;

 

 

 

 

Cartas Universais

80

Domiciano

 

 

 

 

(81-96)

 

 

 

90

 

 

 

Jo, 1,2 e 3 Jo, 2 Pe

 

Nerva (96-98)

 

 

e Ap

100

Trajano

 

 

 

 

(98-117)

 

 

 

 

 

 

Paulo, por exemplo, viveu sob o poder de muitos deles. Alguns deles pode-se dizer que foram os piores e mais malévolos, como aqueles nos dias dos quais Paulo praticou seu ministério e sua fé: Calígula (37-41), Cláudio (41-54) e Nero (54-68), sob quem veio a morrer.

 

Os dias áureos dos imperadores Romanos haviam ficado para trás desde antes do nascimento de Jesus. Assim mesmo, o que se chama de Era de Ouro dos Romanos, também pode ser chamada de Era de Sangue, Conspiração, Golpes, Traições, e muitas loucura.

 

Praticamente não houve imperador Romanos, desde o início da Republica, que não tenha morrido por assassinato, como no caso de Tibério, que, já estava à morte, mas, mesmo assim, foi sufocado por um travesseiro no seu leito.

 

Roma era inevitavelmente a Grande Babilônia daqueles dias. A cidade das sete colonas, como diz o Apocalipse, era a Grande Meretriz da Terra. 

 

Os imperadores todos foram seres cuja devassidão, loucura, orgias, bacanais, homicídios e despotismo não tinham jamais tido paralelo na História. Ora, tais coisas iam de assassinatos de familiares ou parentes perigosos (até a própria mãe), às ações de arbitrariedade que serviam para o entretenimento imperial. Isto sem falar nas orgias mais impensáveis, nas quais valia tudo; e nas quais se “pegava”, dependendo do imperador maluco, até a mãe, a irmã, o irmão, etc.—pra a satisfação sexual sado-masoquista e incestuosa. A terceira mulher de Tibério entrou num concurso de sexo contra a mais experiente prostituta de Roma e ganhou: agüentou muito mais homens numa mesma noite que a prostituta profissional.

 

Pedofilia era normal; e em alguns casos era recomendável!

 

Roma era uma prostituta. Uma adultera contumaz. Uma cidade de loucuras, sangue, morte, traição, embriagues, orgias, bacanais, e, um ambiente no qual não se conhecia nada além do desejo e do prazer; ou ódio cínico, que se fazia morte pela via dos envenenamentos e outras formas de matar pelas mãos de terceiros.

 

O exemplo maligno dos imperadores se tornava pratica nas praças e esquinas.

 

Tudo quanto nós pensamos acerca das palavras acima mencionadas é nada. Sim! Porque nossa visão de tais coisas já carrega o verniz da moral cristã ocidental, a qual, não impede que tais coisas aconteçam, mas as inibe, fazendo com que, no mínimo, elas aconteçam sob véus e mascaras socialmente menos agressivas que a própria realidade; ou melhor: que o próprio descaramento com o qual tais coisas eram feitas naqueles dias.

 

Ora, digo isto de modo resumido apenas para dar um pequeno pano de fundo histórico ao que desejo afirmar.

 

E o que desejo afirmar?

 

Não existe meio e nem modo de se pensar ou conceber que um judeu, criado como um fariseu da elite, pudesse assumir os conceitos que Paulo assumiu como fé, pratica e divulgação (mesmo tendo encontrando a Jesus numa estrada), sem que isto lhe tenha vindo como uma poderosa e inafastável revelação.

 

Sim! Por que como alguém pregaria o perdão de Deus ao mundo, a Graça de Deus aos homens, todos os homens, num mundo como aquele, no qual Sodoma e Gomorra eram cidades de escoteiros?

 

A reação natural seria a do fechamento. Afinal, quem, com bom senso, haveria de falar de Graça num ambiente de tanta licenciosidade e perversão?

 

Paulo, exposto ao mundo no qual vivia, teria que ter se tornado um grande “conservador de Jesus”; e não o apostolo dos gentios, dos pagãos — e que anunciava a justiça da fé, e o perdão unilateralmente decretado por Deus, em Cristo, na Cruz.

 

Ele encontra a Jesus no tempo de Calígula. E prega o Evangelho sob ele, Calígula, e sob Nero. Sim! Tudo quanto dele temos na forma de cartas e epistolas foi produzido no tempo do governo perverso daqueles dois loucos, primos; e ligados também por relações de natureza incestuosa.    

 

Ambos, Calígula e Nero são tão enlouquecidos de maldade, que, muitas vezes, parecem até ser a mesma pessoa.

 

É sob esses dois diabos que Paulo prega, escreve e põe a cara para fora. Acaba sendo morto, provavelmente decapitado na Via Ápia, sob Nero.

 

Assim, quando Paulo faz aquela introdução aos Romanos (capítulos 1-2), o mundo que ele tinha diante de si carregava a força de uma gravidade apocalíptica de natureza existencial e comportamental como nunca antes se vira, e, depois, poucas vezes houve similar. Pode-se dizer que até o Nazismo de Hitler foi mais sofisticado e mascarado. Muito mais!

 

Paulo tratava das questões que se avolumavam monstruosamente sobre ele e o povo, mas jamais deixou de estabelecer a marca da Graça de Deus, quando, o que naturalmente se faria seria declarar a todos condenados e o mundo como perdido.

 

Desse modo, deixo aqui para você algumas coisas simples:

 

  1. Não importa a perversão do mundo, o que Deus revelou, não tem que ser feito mais aberto ou mais fechado em nenhuma circunstância. A revelação não pode ser objeto de regulagens em razão de como é a sociedade. Isto porque, para Paulo, ambas as coisas, a Lei e a Licenciosidade, eram irmãs gêmeas; embora habitassem pólos oposto na aparência moral; posto que, Paulo, logo entendera que tanto uma quanto a outra levavam o homem para o mesmo lugar de perdição: a Lei empedrava a alma; e a Licenciosidade a tornava uma pasta.

 

  1. Não importa qual seja o mundo (e poucas vezes o mundo foi caricatamente o “mundo” como nos dias de Paulo), a Palavra do Evangelho terá o que a ele dizer. E Paulo mostrou como o Evangelho é poder de Deus em qualquer mundo ou sociedade.

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